Vídeo-aula 28: O professor não pode estar só (parte 2): O espaço interdisciplinar

Aula de Jaqueline Crempe (Psicóloga)

Fonte: XTimeline

A Constituição Federal, de 1988 prevê a "igualdade de condições para acesso e permanência na escola"como sendo um "direito de todos". Porém, na prática, "(...) não se tornou realidade para milhares de crianças e jovens (...) que apresentam necessidades educacionais especiais, vinculadas ou não a deficiências" (Claudia P. Dutra 2004).

As necessidades educacionais especiais (NEE) trazem implicações quanto:
- ao modo de aprender (facilidades x dificuldades)
- ao modo de comportar-se na sala de aula

Fonte: Canal Educar


Esquematicamente, a inclusão na sala de aula ocorre com o professor sozinho, e frequentemente segue o seguinte padrão:
01 professor + 40 alunos + aula programada (matéria) + diferentes modos de aprender + diferentes modos de comportar-se = "frustração do professor" e a percepção de "inadequação do aluno" no ambiente da sala de aula


A persistência das dificuldades do aluno colocam em questão as expectativas do professor sobre o potencial deste aluno e sobre a sua própria capacidade de ensinar. Tudo isso gera frustração.

Lidar com a frustração envolve rever as expectativas e a reconsideração sobre onde este aluno tem possibilidade de chegar. Este momento de lidar com a frustração deve ocorrer nos horários coletivos dos professores com a coordenação da escola.

Nesse processo, aluno e professor acabam ficando responsabilizados pelo insucesso. O aluno fica subestimado em relação às suas capacidades e fica excluído, pois passa-se a pensar que não há o que ser feito. A mesma responsabilização ocorre ao professor, que se sente desvalorizado e desestimulado.

Afinal, quem pode ajudar nessa situação em que aparentemente não há o que fazer?


A Equipe escolar deve fazer encaminhamentos e realizar a busca a suportes, parcerias e convênios. Deve também acionar a equipe interdisciplinar disponível, quais sejam os serviços de saúde e de assistência social. Isto vai aumentar as possibilidades de intervenção e a criança ganha motivação, sentindo-se mais capaz, e o professor perceberá que não está sozinho.

É preciso, porém haver uma forte integração entre os profissionais das diferentes áreas, numa atuação interdisciplinar, para que não haja sobreposição de atuação e nem lacunas.

O diagnóstico indica as dificuldades e também as potencialidades, norteando as ações do professor para desenvolver estas potencialidades do aluno.

Fonte: Portal Terra


O professor também não pode se deixar estar só, precisa exigir da equipe escolar o cumprimento de seu papel no estabelecimento das parcerias necessárias.

É essencial sempre procurar refletir sobre as expectativas que temos acerca dos alunos. E enfatizar as potencialidades, os avanços e não focar só nas dificuldades e insucessos, dessa forma "visando ao pleno desenvolvimento da pessoa", como prevê a nossa Constituição Federal e como se espera que seja a atuação dos professores e da Escola.

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