Vídeo-aula 23: A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?

Nesta aula da professora Kátia Amorim o que mais chamou atenção foi o fato de que fazemos parte de um sistema de educação que mantém um modelo pautado na linearidade, na uniformização. Por mais que ao longo do tempo discursos se modernizem, novas teorias sejam incorporadas a projetos pedagógicos, o fato é que mantemos um mesmo modelo padrão, com turmas de mais de trinta alunos para apenas um professor. Como desenvolver as potencialidades de cada um? Como esperar que todos aprendam ao mesmo tempo? Como atender as necessidades de todos se cada indivíduo é um ser único? Estas questões valem para a Educação Especial e para a Educação Regular, que de fato não tem sido eficaz, como mostram os abundantes resultados de avaliações institucionais. A charge abaixo traduz muito bem a situação do sistema educacional, que não respeita as especificidades características de cada indivíduo:



Mas o essencial desta aula é a mensagem de que cada criança, tenha ela o tipo de deficiência que tiver, deve ser estimulada ao aprendizado. Não podemos pensar que pelo fato de a criança apresentar uma deficiência intelectual ela estará fadada a não se desenvolver intelectualmente. É preciso obter um diagnóstico que vise a conhecermos as características de cada criança, suas limitações, habilidades e potencialidades. O diagnóstico não pode estigmatizar, ele deve favorecer a tomada de decisões e o direcionamento das ações para proporcionar que a criança tenha de fato a chance de aprender mais do que a socialização por estar entre pessoas de sua idade.

Fonte: Anabolismo

A professora Kátia trouxe ricas informações sobre a plasticidade cerebral, que é uma característica do sistema nervoso que permite o desenvolvimento de alterações estruturais e funcionais em nosso cérebro. Isto significa que uma criança com um determinado tipo de deficiência pode desenvolver outras habilidades para "compensar" a deficiência. É o caso, por exemplo, de uma pessoa cega, que passa a desenvolver mais os outros sentidos, como o tato e a audição. A plasticidade cerebral é, portanto, uma capacidade adaptativa do cérebro. Por isso, é preciso investir em todas as crianças, nunca pensar que não há o que ser feito.

O professor, em parceria com a família no processo de mediação da criança precisa se inteirar das dificuldades que a criança apresenta, conhecer suas habilidades e desenvolver seus potenciais, desta forma está contribuindo para o desenvolvimento da criança com deficiência e um pleno processo de inclusão.

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