Existe nos autores uma autoridade, pois um autor não fala por ninguém, mas por si próprio. Todo autor fala sobre o que pensa, sobre suas convicções, que foram sendo construídas a partir da leitura e da reflexão que faz sobre o que enxerga e se relaciona no mundo.
Quando falamos em autoridade, em autoria, podemos falar também sobre autonomia. Esta, para ser ensinada, precisa ser vivida, pois não se pode ensinar autonomia sem ser autônomo. O ditado "manda quem pode, obedece quem tem juízo..." precisa ser questionado pelos professores, pois o professor precisa ser o autor de seu próprio trabalho, capaz de decidir por si próprio como ensinar os seus alunos, sendo autor de suas ações.
Fonte: Fanpage "Educação" (Facebook)
A autoria está muito ligada também ao exercício da liberdade. Esta se experimenta ao entrarmos em contato com um trabalho que nos dê prazer. O ato de criar pode nos colocar em êxtase, ao entrar em contato com a essência do que nos move e isto é a percepção da própria liberdade. Isto é o que deveria ocorrer na sala de aula, no encontro entre professor e alunos. Mas em um sistema montado sobre uma estrutura de séculos, que mantém o formato linear e uniformizador, este exercício apesar de difícil, deve ser feito, para que a monotonia não esvazie o sentido do aprender.
"O mínimo que se exige é que cada professor elabore com mão própria a matéria que ministra. Tal elaboração será uma síntese barata, se for reprodutiva, mas será criativa, se acolher tonalidade própria reconstrutiva". (Pedro Demo. Futuro e reconstrução do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2004)
Antes de reconstruir algo, necessariamente deve ocorrer a ruptura. Para que algo se renove, como por exemplo a prática docente, é preciso em primeiro lugar, romper com a prática vigente, para então reconstruí-la. Devemos reconstruir sem copiar, mas a partir de nossas concepções em acordo com as concepções de todos os que estão envolvidos no processo educativo.
Fonte: Brasil Escola
O professor autor na Idade Mídia
Vivemos um tempo em que as crianças já nascem "conectadas". Algumas inclusive estão se alfabetizando no teclado do computador. Diante disso, os professores devem estar incluídos neste processo, fazendo-se presentes não somente com os perfis nas redes sociais, mas para além disso, colocando suas ideias, escrevendo, publicando em blogs, participando de fóruns e agregando alunos ao processo de ler, refletir e ser autor. Estas são ações triviais e ao mesmo tempo extremamente necessárias, e que coincidem com nossa própria existência.
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