Vídeo-aula 14: A cartografia e a representação dos lugares

Dando continuidade à aula anterior, que propunha abordar a cidade como objeto de estudo, nesta videoaula a professora Sonia Castellar tratou da cartografia, desde os primeiros mapas documentados até os mapas atuais, produzidos com modernos recursos tecnológicos.

Todo mapa é um texto, ou seja, tem uma linguagem própria e é feito para ser lido. Os mapas reproduzem os sistemas de valores vigentes no momento em que é produzido, valores que são culturais e que se materializam no território. Na fala da professora Sonia Castellar, "é possível ler as sociedades por meio dos mapas".

Mapa rupestre. Fonte: Fineart America

Uma das representações mais antigas corresponde a um desenho rupestre de 1500 a.C. que ilustra uma aldeia, dando as localizações, indicando vias de circulação e atividades que as pessoas faziam. É um tipo de representação não formal, pois não contém escala nem legenda e hoje em dia é comumente chamado de croqui, utilizado de modo informal para indicar localizações de maneira a facilitar a leitura.

Mapa T-O. Fonte: Blog Professor Wladimir

O mapa "T-O", do período da Idade Média, apresenta o mundo separado em três partes: Ásia, Europa e África.

Mapa em anamorfose. Fonte: Blog TKGeo

Mapas em anamorfose são muito interessantes para chamar atenção sobre determinados dados, pois na anamorfose os países têm seu tamanho representado de acordo com o valor correspondente ao dado que o mapa informa. No exemplo, acima, aparece o número de usuários de internet no ano de 2002.

É possível propor atividades na escola que envolvam a leitura e interpretação de mapas, como por exemplo, observar mapas da cidade de São Paulo e comparar informações agrupadas por regiões ou distritos da cidade, como renda, mortalidade, educação etc. Também pode-se propor atividades de campo, com pesquisa e levantamento de dados para os alunos produzirem mapas do bairro, por exemplo.

Segundo a professora Sonia Castellar, a cartografia contribui para um melhor conhecimento da cidade, da comunidade, favorecendo uma melhor convivência. É preciso "aprender a cidade, da cidade e na cidade".


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