Vídeo-aula 7: Identidade e Diferença na perspectiva dos Estudos Culturais

Aula com o Professor Mário Nunes

O professor identifica três formas de abordagem para a identidade:
- Iluminista: nasce com o indivíduo e não se desenvolve (da mesma forma que a ideia sobre talento inato)
- Sociológica: a identidade sofre influência nas interações - o meio influencia, bem ou mal (segundo o professor, esta é a visão dominante na Escola)
- Pós-moderna: não há um valor soberano. A identidade é transitória e contraditória. Cada sujeito possui várias identidades: de gênero, de classe social, de religião etc. (não há uma única identidade).

IDENTIDADE é a norma, o idêntico, o "correto";
DIFERENÇA é o "outro", o que não está de acordo com a norma.
Identidade e diferença são construções sociais. Assim, questões de poder estão envolvidas, do que resultam lutas sociais pelo direito do respeito à diferença.

Os sistemas classificatórios das identidades estão ligados à hierarquização. Segundo o professor Mário Nunes, "quem tem o poder de classificar tem o privilégio de atribuir valores e hierarquizar as coisas classificadas".
Há também as oposições binárias, como por exemplo: razão/emoção; mente/corpo; homem/mulher; branco/negro; civilizado/primitivo; heterossexual/homossexual, havendo sempre a valorização de um em relação ao outro.

Os sistemas simbólicos (roupas, filmes, música, ritos) têm grande participação na construção de identidade, sobretudo entre os jovens. Quando associada à diferença, a identidade se dá pela distinção daquilo que o indivíduo não é.

A ideia de identidade híbrida também foi abordada. O híbrido guarda traços das identidades que o geraram, mas já não é mais nem uma nem outra.



Um objetivo a ser buscado na escola é o de reconhecer a todos na sua diferença e capacidade de tomada de decisão para construção de um bem coletivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário