A noção de gênero nasce no contexto das lutas por direitos sociais, sobretudo das lutas pela ampliação dos direitos das mulheres. A primeira onda do feminismo foi no século XIX, pelo direito ao foto (sufragismo). A segunda onda do feminismo foi na luta pelo aprofundamento das questões sociais e políticas. No campo social, contra a estrutura da família patriarcal.
Nas últimas décadas, alguns avanços ocorreram, como um maior equilíbrio nas relações familiares, uma vez que tem sido cada vez mais comum a divisão do orçamento e das tarefas domésticas entre os casais. No campo social, as mulheres têm conquistado cargos de chefia com mais frequência do que antigamente.
No entanto, há ainda situações de desigualdade que permanessem. Ainda existe assimetria na divisão de poder entre homem e mulher, e as diferenças salariais também existem quando homens e mulheres ocupam cargos equivalentes (os salários das mulheres são em média mais baixos que os dos homens).
Desde o fim dos anos 1960 defende-se que as principais diferenças entre homem e mulher não são biológicas. A pioneira nesta teoria foi Margaret Mead, que na década de 1930 publicou um estudo sobre tribos na Nova Guiné em que homens e mulheres tinham comportamentos inversos aos comuns no mundo ocidental - os homens se ornamentavam e as mulheres saiam para o trabalho. Com isso, constata-se que as diferenças de gênero são claramente construções sociais.
Autor: Laerte. Fonte: http://jaquejesus.blogspot.com.br
Segundo Joan Scott: "O gênero é um elemento constitutivo das relações sociais baseadas na diferenças percebidas entre os sexos".
Link para um artigo interessante do site Obvious, sobre Margaret Mead e seu pioneirismo na discussão sobre os gêneros:
http://obviousmag.org/archives/2010/11/margaret_mead_das_tribos_primitivas_a_revolucao_sexual_feminina.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário