Vídeo-aula 3: Ética e valores na ação educativa

 

Nesta aula a professora Kátia Amorim retoma a discussão da primeira aula do curso, na qual o professor Ulisses Araújo trata das transformações da escola ao longo da história. Num primeiro momento, a escolarização se dava por meio do ensino individualizado e o estudante pertencia a um grupo restrito da sociedade. Posteriormente, a escolarização torna-se responsabilidade do Estado, sendo pública, porém, ainda restrita a alguns grupos sociais e já com o formato de um professor para vários alunos. Num terceiro momento, ocorre a universalização do acesso à escolarização, a escola passa a ser para todos, independentemente de origem social. Neste momento surge a diversidade no interior da escola.

Foram abordados nesta aula alguns dos paradigmas escolares, que se referem às habilidades de ler/escrever; escrever/contar, que são práticas de uma cultura letrada. As pessoas com deficiência mental, por exemplo, encontram dificuldades para aprender estas habilidades, enquanto que pessoas com deficiência visual e/ou auditiva encontram dificuldades para acessar os suportes convencionais, sendo necessário que eles possam ter acesso a materiais em braile ou à comunicação por Libras.

A questão que se coloca é: como é ser professor nestas condições? A escola deve evitar a exclusão, estimulando o respeito e a solidariedade entre todos. A empatia deve ser aprendida, para que cada indivíduo saiba se imaginar no lugar do outro.

 
E como lidar, conviver e ensinar a quem por tanto tempo esteve excluído da instituição escolar? É preciso haver um trabalho intencional com os valores humanos. Professores e alunos têm suas próprias significações sobre escola, educação, diferença, deficiência, doença etc. É necessário ter claros estes significados e sentimentos. Trabalhar com estas questões é extremamente importante para que o aluno com necessidades educacionais especiais (NEE) seja de fato acolhido e incluído no grupo ao qual está integrado na escola.

É necessário que se tome muito cuidado para que não se faça na escola uma inclusão perversa, na qual o aluno com NEE não esteja incluído apenas burocraticamente, na lista de classe, mas que de fato participe do processo de desenvolvimento e aprendizados junto com os demais alunos da turma.

A professora Kátia Amorim falou sobre a questão do conflito que pode surgir entre as perspectivas da Educação e a bagagem que o professor traz. Podem haver confrontos entre conhecimentos e valores relacionados às diferenças. Conflitos são inerentes ao processo educativo, é preciso lidar com eles de modo a propiciar aprendizado e enriquecimento social, para professores e alunos.

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