Conforme a criança se desenvolve, tende a evoluir da anomia (ou ausência de normas) para a autonomia, passando pela heteronomia. Este processo ocorre simultaneamente à diminuição do egocentrismo, que é a atenção voltada para si mesmo.
"Toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire dessas regras." (Piaget, 1932)
A música abaixo se relaciona com a heteronomia, na qual o sujeito busca seguir regras/normas, para satisfazer uma demanda que é alheia, externa a ele, que talvez ele nem compreenda o porquê disto, mas segue.
Música: OK
Composição: Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz
Tudo pra ser aquilo tudo que todo mundo espera
Todo um perfil, aquele jeito que todo mundo gosta
Tudo pra ter tudo, um jeito que agrada a todos
Muito pra ver, o que te falta e o que todo mundo espera
Está por um fio aquela cara que a gente mais venera
Pode apostar tudo num jeito de arrumar tudo
Tudo afiado na ponta da língua
Tudo decorado de cabeça
Você permanece muito combinado
Calculado mesmo sem medida
Tanto, tanto que falta
Para chegar no ponto
Tanto que falta para ficar "ok"
Pensando sobre anomia e autonomia, lembrei da cena de 2001: Uma Odisseia no Espaço, em que o macaco desperta para o uso de um osso como ferramenta. Na minha concepção essa cena tem a ver com autonomia, pois a descoberta desta ferramenta permitiu obter alimento com mais facilidade e até mesmo garantir seu espaço perante os outros grupos.
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