"A sociedade latinoamericana não é feita para ela, mas para os colonizadores", nas palavras do professor Solon Viola.
Os Direitos Humanos tiveram uma chegada tardia aqui na América Latina e Brasil: tiveram início com as rebeliões de escravos, com as lutas e guerras pela independência (exemplo de Canudos e do Contestado), em situações nas quais a sociedade clamava pelos direitos humanos embora não com este nome, mas reivindicavam os direitos sociais básicos.
Entre 1945 e 1964 o Brasil incorporou parte da Declaração Universal dos Direitos Humanos em sua Constituição Federal, conquista que viria a ser negada durante o Regime Militar. Neste período de ditadura, que se iniciou em 1964, vários grupos se organizaram, denunciando crimes contra a liberdade, lutando por condições dignas de vida, pelos direitos civis e políticos.
Entre as décadas de 1970 e 1980 houve a luta por uma nova constituição, marcando o nascimento dos Direitos Humanos no Brasil. O professor Solon Viola menciona a importância da contribuição de Dalmo Dallari como um dos apoiadores deste processo de democratização.
No mesmo período, Chile, Argentina e Uruguai, também lutaram pelo fim dos regimes autoritários, com intensa guerra civil.
Os Direitos Humanos são resultado de uma construção histórica, e devem ser reivindicados. O passado político e social do Brasil não deve ser esquecido, para que se evite que voltem a ocorrer tais situações. A escola deve se incorporar a este processo, para que cada aluno e cada professor se vejam como sujeitos de direitos, e que se possa desenvolver uma cidadania efetiva de participação.
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